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4 de março de 2012

Fora-de-jogo

Que o foi, toda a gente viu. Valeu uma vitória. É mais uma a contar para a contabilização das ligas da verdade. Que alguém se dê ao trabalho de o fazer. O que também todos viram é que no excelente jogo de sexta-feira, a vitória não assenta nada mal ao Porto. Qualquer uma das equipas poderia ter ganho, mas acabou por vir ao de cima todo o traquejo deste insuportavelmente, irritante e inconveniente (não sei se existe uma só palavra para definir isto, talvez seja a que se segue) Porto. Fora-de-jogo foi também o título do jornal “A Bola” que apesar de conotado com o Benfica, não foi para reclamar do erro do árbitro. Congratulou o adversário, colocou o Benfica fora da rota do título e começou a definir a rota do Jesus fora da Luz.

O Azar também não explica tudo. E muitas vezes repetido, começa a roçar a incapacidade. O Benfica joga em grande rotação ofensiva, até virou o resultado, mas isso não basta. Ou não bastou. É preciso saber estar por baixo no jogo, esconder a bola e conter o adversário sempre que necessário. Depois de uma reviravolta não se pode perder de uma forma tão, aparentemente fácil.

Entrou o James com meia hora para jogar e do lado Benfica nada mudou. Também não será menos verdade que uma equipa que mantém a identidade e não a muda em função do adversário, demonstra grande confiança e força. No entanto, é preciso respeitar e reconhecer as ameaças. Como foi possível ele fazer 60 metros sem levar uma trancada? Segue a bola. Era preciso guardá-la, se não se consegue ganhar, não se pode perder. Já o dizia a velha raposa. O cordeiro Jesus demonstra grande dificuldade na matreirice. A jogar em contenção, só me lembro de o ter feito uma vez com sucesso, nos 0-2 no Dragão para a Taça.

Expulsão, o Porto acreditou que podia vencer e fez por isso, não se contentou com o renascimento depois de ter morrido no jogo. Morto mas não enterrado, e o Benfica até o podia ter feito.

Livre para a área com 5 minutos para jogar. O Vitor jogou tudo e entrou mais uma torre, o Kléber para a molhada. E do Benfica nada. Onde estava o Matic? Não houve tempo para a substituição, como na Rússia para segurar o 2-2. O Vitor inventou tempo e ganhou.

O Pinto da Costa apresentou-se no final sereno e nada irónico, ao contrário do que é habitual. Não pisou, saiu por cima e com a terceira seguida na Luz. Salutar, a atitude e não a vitória, como é óbvio.

Ao Benfica, e principalmente ao Jesus, resta encher o balão na terça com o Zenit e mantê-lo cheio até receber o Braga. Caso contrário, inverter a situação começa a ser um milagre. Acredito que é possível, pois a qualidade reconhecida continua lá, a minha apreensão só existe pelo facto de, no passado, já termos demonstrado (muita) lentidão para virar o texto.

Por último, as maldições. A do Javi, só se foi mesmo ele ter jogado, péssimo regresso. Restam três. Estou a escrever com a convicção que terça-feira cai a do blog (só assim podia ser). A minha aposta forte continua a ser a da quaresma. Espero que também seja quebrada, pois não acredito em bruxos.

PS: Sporting campeão?! O de Braga, talvez.

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