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28 de abril de 2012

Último Acto

Após uma semana de acção, suspense, surpresa e tragédia europeia, aproxima-se o final de mais uma época futebolística.

Na Champions uma final improvável mas que se vinha a revelar cada vez mais previsível. Real e Barcelona são o exemplo do futebol desgaste, consumidos por uma época exigente e sobrecarregada de jogos competitivos. O Chelsea com veia tática italiana foi um exemplo de determinação, disciplina e persistência. Mesmo com tanta contrariedade e a jogar no estádio da melhor equipa do mundo, nunca desistiu. Lutou com tudo o que tinha, foi protegida pela sorte, mas mereceu inteiramente a passagem. O Barcelona chega ao fim da linha com futebol que acaba por ser contra-natura. Não se pode jogar com médios no campo todo. Um defesa saberá certamente defender melhor do que qualquer médio adaptado. Assim como um ponta-de-lança, o fará no ataque. Por último o Bayern foi o espelho das famosas máquinas alemãs, sempre afinada e certinha, não dando grandes veleidades a um Real cansado e sem grande magia.
Na Liga Europa, o Sporting foi gigante, mas não o suficiente para passar no país basco. Quanto a mim devia ter revelado maior pragmatismo no assumir do prolongamento nos 10 minutos finais. Seria um justo prémio a presença na final, principalmente para o Sá Pinto. Estou curioso para ver o que vai dar na próxima época. Tem alma.

A nível interno, o Braga iniciou ontem o último acto, ao deixar o Sporting dependente apenas de si para o acesso à pré-eliminatória da Champions. Novo ânimo e motivação após o desalento europeu. Vamos ver o que acontece segunda-feira com a Académica, pois em caso de vitória, coloca a festa do título no Dragão em altíssimo plano de evidência.

O último acto segue dentro de momentos no Funchal e amanhã em Vila do Conde, podendo até haver logo festejos, ou o adiar da consagração para as duas jornadas que faltam.

5 de abril de 2012

12º Jogador - 2ª eliminatória

Ironia do destino, não é que jogamos mesmo com 10? E não foi pelo Emerson estar em campo! Já lá vamos.

Começo pelos da casa. Excelente ambiente, estádio cheio, público entusiasta. E o 12º jogador no relvado, de seu nome Damir Skomina. Excelente defensor da UEFA, do Platini e dos seus interesses. Compreendo que deve ser doloroso ver a França atrás de Portugal no ranking das competições europeias, e correr o risco de ter uma 3ª equipa tuga na Champions a dar cartas, mas assim também não! Não se compreende estes franceses, dão prioridade ao campeonato para poderem ir à Champions, mas na fase adiantada da prova dão prioridade ao campeonato… e ficam para trás. Quem se lixa é o mesmo de sempre!

E não me venham com tretas que o jogadores em Portugal estão mal habituados com a complacência dos árbitros e que o Maxi foi imprudente no 2º amarelo. E no 1º, o capitão não pode falar com o árbitro só porque é esloveno e não percebe? Em 8 minutos, o árbitro conseguiu mostrar 4 amarelos aos jogadores do Benfica. Um amarelo a cada 2 minutos! Entre o minuto 19 e o 27. O primeiro para o Chelsea apareceu aos 38! Um critério parcial em pequenas faltas idênticas para os dois lados, mas só de um lado assinaladas. Depois, novo amarelo para o Maxi, seguido de vermelho e mais um amarelo aos 44 para o Ramires, como que a disfarçar. Se isto não é querer ter protagonismo…  só pode ser querer ver até onde o Jesus consegue inventar uma defesa totalmente nova. Dois médios centro à direita (Witsel e Javi) e dois defesas esquerdos à esquerda (Emerson e Cap), é um conceito novo.

Ficámos com 10 e condenados. A UEFA descansada com a garantia teórica de uma meia-final, desportivamente menos má e financeiramente bem melhor. Sim, porque este Chelsea vai ser atropelado pelo Barça, pelo menos assim espero. Muito devem ter sofrido durante os largos minutos da 2ª parte (eu sofri a bom sofrer nos últimos 5) com o Chelsea a não resolver, e nós em inferioridade a mostrarmos os nossos 12ºs jogadores:
- Capacidade de sofrimento;
- Acreditar até ao fim e coragem para procurar um golo que relançasse o jogo;
- Jesus no banco, com as substituições a reanimar a equipa;
- Jogadores jovens de futuro que fizeram acreditar: Yannick, Rodrigo e Nélson. Este último só tem que perceber que não pode resolver sozinho. Mas compreende-se, só vê baliza, quando começarem a entrar vai ser um caso sério.
- Uma dupla de centrais de fazer inveja. Grande Emerson! O Javi redimiu-se do penalty, fez o golo e acabou em grande;
- Os benfiquistas nas bancadas agritar “só mais um” e a assobiar os jogadores adversários perante o pânico dos ingleses.

Não há vitórias morais. Uma derrota e uma eliminação são isso mesmo. Mas o Benfica não deixou uma má imagem em Inglaterra, antes pelo contrário. A equipa mostrou alma, mesmo perante as inúmeras adversidades. Bem sei que o Chelsea relaxou, mas também acredito que com 11, neste momento podíamos estar nas meias.
Espero que o Vieira cumpra o prometido ao Platini. O Jesus tem os defeitos que tem, mas não estou a ver outro a vir fazer melhor. Segunda-feira há mais, com ou sem centrais!

4 de abril de 2012

Em Londres, sem formação

Sem formação, porque acho inexplicável a não convocação de um central ou um trinco, ou os dois, das camadas jovens. Mais ainda se o Luisão está em dúvida para o jogo. Ou é bluf, ou então até vai começar o jogo para sair ao primeiro lance de esforço, onde oferece o 1º ao Chelsea. Esta situação só prova o que já se tinha como praticamente adquirido, para Jesus os elementos da formação pouco ou nada contam. Não há um projecto global no clube que implemente um sistema de jogo transversal a todo o futebol. Só assim se justifica que não se chame um central, mesmo que júnior. Um jogador que apesar de não estar habituado a jogar com a equipa, joga regularmente… a central. Se o tal projecto existisse, poderia não conhecer os companheiros, mas conhecia a sua forma de estar em campo.

Sem formação, porque uma defesa com Javi e Emerson ao centro, e Matic a trinco, é apenas e muito, destruir o sector defensivo e de início de construção de jogo de toda a equipa. Nem falo do Cap à esquerda pois esse até pode ser um mal que vem por bem.

Sem formação, parecem também os ingleses, em particular os jornalistas. A conferência de imprensa teve muitas perguntas sobre o B… arcelona e não sobre a outra equipa “B”. Sendo que, neste momento a equipa “A”, embora que com figurino de “B” ou “C” na defesa, ainda é e será durante pelo menos 90 minutos o BENFICA!!! É pena mesmo não estarmos na máxima força, para mais uma vez, darmos uma valente lição a este sobranceiros bifes!

Com formação de um milagre, podia ser que até desse, mas infelizmente para o Jesus, quinta-feira termina a quaresma com o calvário que se conhece. E um dia após a ressurreição, é preciso ir a Alvalade com a cruz às costas. Resta aproveitar a fé conseguida pelas celebrações pascais bracarences do passado fim-de-semana.   

28 de março de 2012

12º Jogador

Por definição, uma idiossincrasia é: “temperamento especial de cada indivíduo, relativamente à influência que nele exerce o que lhe é alheio”. O 12º jogador, sendo ele próprio uma das idiossincrasias mais curiosas do futebol, apresenta também, como “indivíduo”, várias idiossincrasias. Hoje especialmente acho piada a este 12º jogador, embora que com um sorriso amarelo. Na luz ele esteve omnipresente com vários poderes diferentes.

De início, o 12º jogador assumiu a faceta que o celebrizou. Público fervoroso e pronto para apoiar a sua equipa, no inferno da Luz com 60 e muitas mil chamas. O 12º jogador não toca na bola, a não ser quando há um remate para as nuvens, e hoje até houve muitos, mas é como se tocasse, pelo apoio, pela transcendência e força que confere aos 11 que lá estão dentro. O 12º jogador não faz marcações defensivas aos adversários, mas amedronta, intimida, enerva e desconcentra o adversário. E o adversário hoje era, o Chelsea, mas principalmente o Drogba. O Di Mateo é novo nestas andanças de treinador, mas percebeu isso. Deixou-o no banco e fintou o 12º jogador, que logo aí pode ter ficado baralhado.

O 12º jogador também apresenta um temperamento instável e volátil, relativamente à influência que nele exerce o que lhe é alheio (lá está). O desenrolar do jogo, não sendo do seu controlo, é lhe alheio e encarregou-se de o provar. O David Luiz tira o pão da boca ao Cardozo, impedindo-o de fazer golo. Esta do “pão da boca” também é gira, é natural que o Cardozo estivesse com fome, pois não deve ter jantado: “não se faz isso a um dos nossos oh cabeludo” gritou o 12º jogador. Convém lembrar que ele já não é nosso, nem pode mesmo ser considerado um 12º jogador, daqueles que fica para a história, portanto convém manter a distância emocional. O mesmo se aplica ao Ramires que fez miséria do Emerson. E o 12º jogador, mais baralhado ficou: “então mas apoio qual dos brasileiros? O mais bonito? São os dois feios! … olha, mal por mal, assobio o que joga pior”. Já não bastava o Ramires ser ele próprio um 12º jogador, com os desequilíbrios ofensivos que provoca e os defensivos que oferece (como é prova o último campeonato ganho pelo Benfica), e o 12º jogador resolve tornar o Emerson num jogador a menos do nosso lado, assobiando-o sempre que toca na bola. Já na segunda parte o David Luiz voltou a ser um 12º jogador e vence em cima da linha de golo, novo duelo com o Cardozo. Isto é demais para o 12º jogador das bancadas!

O 12º jogador, pode e deve também ser o treinador. Ninguém percebeu ainda, porque saiu o Aimar para entrar o Matic. A ideia era poupar o Aimar? Não será este, actualmente o nosso 12º jogador? Bem que podia, um 12º jogador qualquer, ter dito ao Jesus que ele não vai poder jogar os próximos dois jogos do campeonato. A perda do controlo do jogo foi instantânea. E nos momentos seguintes, o 12º do Chelsea, o Ramires, dá início à jogado do golo da forma que lhe é característica, isto é, em garra. Mérito também ao Torres que parece começar a ir buscar forças ao seu 12º jogador interior para renascer das prolongadas cinzas em que se encontrava. Já o Jesus cada vez se enterra mais, parece precisar de um 12º jogador, ou vários, para conseguir implementar o rotatividade a sério. Esta época até parecia que o estava a fazer melhor, mas afinal, parece que dos 3 primeiros do campeonato, o Benfica é o que utilizou menos jogadores, e os mesmos jogadores mais vezes. A verdade é que mais uma vez chegamos a esta fase da época e parece que perdemos soluções. É a tal questão da quaresma que já aqui falei.

O 12º jogador, podia também ter sido um daqueles que está no relvado, vestido de árbitro para lá da linha de fundo. Mas se lá estão apenas a marcar presença e não vêm nada, nem mesmo um corte com o braço do Terry na grande área, uma penalidade clara, então não sei o que estão lá a fazer. O 12º jogador podia ainda ter sido um autogolo do Cole já no fim, mas nem nisso tivemos sorte.

Faltou-nos um 12º jogador para empurrar, pelo menos, uma bola lá para dentro. Um vindo do banco, mas até isso está difícil. Eu até acho que tinhamos um 12º jogador a alinhar de ínicio. É defesa direito e ao mesmo tempo médio e extremo, tantas são as vezes que constrói ataques. Mas também por isso o 12º jogador, público, devia perceber que se calhar no outro flanco não pode acontecer o mesmo. Nem todos são Coentrões, e quando é necessário que se dê apoio, não se pode fazer exactamente o contrário. Retirá-lo e pior, assobiar a cada toque na bola. Estávamos a jogar fora? Assim, em vez de jogarmos com 12, jogamos com 10. Confesso que me faz confusão e até nisto devemos ser dos maiores do mundo. É pena que pelas piores razões. Fui muitas vezes ao estádio, agora não tanto, mas não me lembro de assobiar um jogador até ao fim do jogo.

Resta-nos esperar que em Inglaterra, cada um dos jogadores do Benfica tente individualmente ser um 12º jogador, para que colectivamente possamos aspirar a qualquer hipótese de passagem às meias finais. Só assim poderemos vencer o verdadeiro 12º jogador que vai ser o público do Chelsea.

21 de março de 2012

Tacinha de Picuinhices

A Taça da Liga não é nem nunca foi a prioridade do Porto. Frase muitas vezes repetida ao longo dos anos de existência desta espécie de competição. A Supertaça que se decide num jogo é que é um título a sério! No entanto, não foi a desvalorização por parte dos azuis que se viu hoje em campo. Bem sei que nem que fosse a feijões ou caricas o Porto não iria perder uma oportunidade para vencer o seu rival mais que tudo. A atitude empregue hoje na Luz em tudo valorizou a vitória do Benfica, em mais um grande jogo entre duas boas equipas, que apesar de poupadas nos titulares, não o foram no relvado.

O Benfica entrou melhor, e em 5 minutos constrói uma daquelas jogadas para ver e rever. Muitas que se têm visto, ao primeiro toque, envolventes, mas que por se irem tornando banais neste Benfica, deixam de ser valorizadas. Grande finalização do Maxi (o que eu me rio quando dizem que o João Pereira é melhor). Depois o pior, que também se vai tornando habitual neste Benfica, o permitir a reviravolta no resultado e de novo o pairar da nuvem negra de mais uma derrota na Luz com o Porto. Verdade seja dita que o remate do Lucho estava destinado a sair pela linha lateral, mas… acabou no fundo da baliza. A seguir mais um livre lateral e Mangala mais alto que toda a gente, a cabecear e, não retirando mérito, com mais uma boa pitada de sorte a bola a passar por baixo das pernas do Eduardo. O Porto abriu o livro e o Benfica a defesa, e só não voltou a sofrer, por acaso. Demorou a voltar, mas voltou, após a meia hora, em 5 minutos Luisão à trave, Luisão ao poste e… Aimar ao poste. Tudo em lances de laboratório.

Até que, o grande caso e escândalo do jogo! Que visão! Mais um livre de laboratório, quase em cima do grande círculo, marca o Pablito com mestria, recebe o Javi sozinho na pequena área e toma lá Nolito… “FOI COM O BRAÇO!!!” Reclamam os jogadores do Porto. Vendo bem, não há certezas e parece que foi com o peito. É pena! Golo com o braço tinha sido o momento alto da noite. Mas esse ficou reservado para o Cardozo (já lá vamos). Mas espera, afinal parece que o lance foi mesmo irregular, uma falta do Luisão? Agarrou o Sapunaru para o impedir que saísse para o contra-ataque quando o livre acabou de ser marcado, ou que saltasse 4 metros de altura para cortar a bola? Um bloqueio, obstrução? Chamem-lhe o que quiserem mas no campo ninguém reclamou. Foi com grande estupefação que assisto à indignação do Vitinho no final. E, pasme-se ou não, até o Pintinho volta à ironia e deixa escapar um “desta Taça já nos livramos”. Convém lembrar que já só te falta uma para estarem completamente livres… Quando se esperava uma atitude de elevação do Porto, aceitando a derrota, surgem as críticas à arbitragem. Fora de jogo, mal tirado ao Hulk? Talvez… temos pena. Mais do mesmo. E convém não esquecer que também critiquei o Benfica e o não reconhecimento da superioridade do Porto no jogo do campeonato. É uma tristeza ver-se no pós jogo as repetições repetidas de lances de faltas e faltinhas. Então e mostrar movimentações, jogadas bem feitas, movimentos ofensivos e defensivos, como se viu por exemplo na RTP no último Mundial? Na minha opinião seria um programa com audiência. Mas nada bate as picuinhices.

Voltando ao jogo jogado, o Porto até continuou bem, até que mais uma boa transição do Benfica, resultou num grande golo do Cardozo após algo em que não é forte, o sprint, ganho ao homem do jogo, o Mangala. Para mim o homem do jogo porque está no primeiro golo do Benfica, faz o empate e falha o corte no 3-2, permitindo o remate forte e colocado do melhor goleador a actuar em Portugal: 25 golos em todas as competições esta época.

Estamos na final, mas por mim tinha poupado mais. Sexta-feira há jogo, o mais importante desta época, não só porque é o próximo, mas também porque dá inicio a uma série diabólica e ganhá-lo é crucial para manter a motivação e a pressão no campeonato. Teria deixado pelo menos o Aimar e o Witsel de fora.

20 de março de 2012

David, Golias e o Galo de Barcelos

O grande pequeno Sporting, é assim que descrevo a última ronda do Sporting na liga Europa. Excelente resultado conseguido perante um gigante do futebol europeu.
Como contar esta história em dois atos:
1º Ato: A arrogância do Manchester City na visita ao Sporting
São diversos os comentários e as situações que mostram a insolência com que City encarou o jogo com o Sporting:
·         Sporting... até já ouvi falar, mas não conheço nenhum jogador;
·         Adaptação ao relvado, treinar …, não é preciso este jogo “vai ser um treino”;
·         E pumba, lá vai uma derrota no saco;
Ok, azares acontecem … o City deve começar já ver o que correu mal … e no dia seguinte lá estão eles a trabalhar … para o bronze na praia do Tamariz.
2º Ato: O sofrimento do Sporting
A jogar em casa, era de esperar um início avassalador do City … mas o que é que vimos? Um City no relaxe e um Sporting com paixão a aproveitar todas as oportunidades. Quem acreditaria que ao intervalo estaria 0-2 (e que no agregado das partidas equivaliam a 4) a favor do Sporting?
“Finalmente” na segunda parte, após 135 minutos, apareceu o City. O Sporting esteve “sempre” a jogar no seu meio campo e o City a somar golos até chegar aos 3-2.
Desta vez foi uma faceta já conhecida do Sporting que veio ao de cima, o sofrimento! E foi mesmo até ao fim quando com uma última palmada o Patrício retirou o golo ao City e garantiu o apuramento do Sporting.

Com esta onda de euforia, e de bons resultados, estaríamos todos à espera de mais uma vitória "fácil" no campeonato, pois mas foi isso que aconteceu. O Sporting tombou em Barcelos perante o Gil, surpresa? Talvez não, recordo que foi lá que o Porto perdeu o primeiro jogo do campeonato.
Eis como vi o jogo (ou pelo menos parte dele):
· 1º golo do Gil, marcado por um jogador chamado  GALO e com ½ frango do Patrício, parece anedota, mas não foi!
· “Agressão” ao Xandão… nada marcado (Paixão 1 – SCP 0);
· Penalty. É mão mas ligeiramente fora da área! (Paixão 2 - SCP 0);
· Penalty (não me estou a repetir, foi no mesmo minuto), desta feita existe mesmo falta, o pato do João Pereira mete a mão na bola e … 2º golo. Devo acrescentar que no primeiro penalty houve uma grande defesa do Patrício;
· 2º Amarelo para o Schaars e puf lá se foi o Sporting (Paixão 3 – SCP 0).
Resumindo, o Sporting jogou com paixão, o que é a imagem de marca do Sá Pinto, mas do outro lado estava outro tipo de paixão, o Bruno! Vamos ver se na próxima jornada com o Feirense o Sá consegue “cantar de galo” ou se a história é outra…
Estamos perante uma revolução do Sá Pinto no Sporting? Talvez, mas já são 4 meses e meio sem ganhar fora, e é bom que continue assim pois o Sporting ainda vai ao Dragão.

Uma palavra sobre Porto: Foi um jogo interessante, pelo resultado obtido e pela boa forma do Helton, menos conseguido pela exibição da equipa. Mas mesmo assim o Porto soma e segue J
Mais logo temos o último clássico da época entre o Benfica e o Porto, todos minimizam a importância do jogo, da competição … TRETAS, ninguém quer perder, muito menos o Benfica depois dos últimos resultados infligidos pelo Porto! Vamos ver e depois falamos …

16 de março de 2012

Eliminar o City é bom, mas...

e o ranking? :)

Grande derrota a de ontem! Parabéns ao Sporting!! Entrada com classe e saída com grande capacidade de sofrimento. Para mim a imagem do jogo fui a entrada do massagista com a sua pochete à cintura, malinha de primeiros-socorros em passo amaricado de queimar tempo, com os seus ténis de jogging, para assistir o Patrício, e o touro do Bolotelli enfurecido a assistir, pronto para investir. Não sendo sportinguista ontem sofri moderadamente no final.

Tal como aqui já tinha dito, o Sporting poderia passar se fizesse o seu papel de equipa pequena. Ontem foi um Gil Vicente, e o City um Sporting. A diferença de orçamento deve ser parecida.

Só faz bem a este ingleses convencidos e sobranceiros, pensarem que podem rodar e jogar com equipas secundárias na Europa. Os resultados estão à vista, resta o Chelsea. Já os tripeiros da Londres portuguesa não sabem como jogar em terras de sua majestade.

Por tudo isto, para daqui a pouco, quero o Chelsea. Se o 4º português elimina o ex-1º inglês, o ex-1º português não elimina o 5º inglês? Vamos ver.

Para mais logo quero um hat-trick do Cardozo e um bis do Nélson, ou vice-versa.

14 de março de 2012

Alargamento sim, mas com jeitinho!

À bruta é que não! É uma violação da integridade da Competição (disse a FPF), é preciso tratá-la com carinho que ela até é boa...

Sou a favor porque:

- Mais jogos: o campeonato é curto e, com excepção desta época, tudo fica decidido muito cedo. Mais 4 jogos, não são assim tantos, mas podem ainda acrescentar alguma incerteza no final (mais lesões, castigos, baixas de forma). E para quê 3 semanas de paragem no Natal e passagem de ano?

- Maior variedade no calendário: investiguem e reparem que, com todas as condicionantes (algumas sem sentido, a não ser o das transmissões) do sorteio do calendário, a tendência das jornadas é quase sempre a mesma. Exemplo das duas últimas épocas (se não estou em erro): quando o Benfica joga com o Sporting, o Porto joga com o Braga e o Sporting joga no final com o Braga.

- Somos o 4º campeonato da Europa: se queremos mais jogos, vamos ter 12 equipas e um play-off? Isso é uma estrutura de campeonato secundário, se estamos no top, não podemos ter um campeonato de brincar. Na Holanda o campeonato tem 18, talvez tenham mais poder financeiro, mas as nossas equipas são menos competitivas que as deles? Não. Os holandeses gostam mais de futebol do que nós? Também acho que não.

- Competitividade das equipas, ditas pequenas: há equipas na segunda liga bastante competitivas. As que sobem normalmente vêm com outra embalagem e dão muito boa conta de si. O futebol mudou, ir jogar contra o último está longe de ser uma goleada ou mesmo uma vitória garantida.

- Receitas das equipas, ditas pequenas: um dos argumentos contra diz que estes clubes não teriam orçamento para mais viagens. No entanto, também se ouvem queixas quando existem paragens de 3 semanas. As receitas de bilheteira, com excepção dos jogos com os grandes, nunca serão o “ganha pão”, o grosso vem de publicidade, transmissões, transferências, e o que melhor para isto do que estar na principal liga?

- E por último… porque sim;

Vá. Pensem melhor no assunto e definam tudo até ao início da próxima época. Em 2013/2014 teremos então um campeonato alargado.

12 de março de 2012

Sou só eu ou...

... mudar as regras do jogo a meio do campeonato é ilegal, imoral e impraticável?!

Mas quem é que toma uma decisão destas? Ainda por cima sabendo que é ilegal... Ou será que não sabem, e aí têm que ser classificados como incompetentes e o nosso futebol está entregue à incompetência?

Indicar agora, a 8 jornadas do fim que não desce nenhum clube da primeira para a segunda liga é desvirtualizar esta competição... O Leira, actual último classificado ainda tem que jogar, por exemplo, contra o Sporting e contra o Benfica podendo neste caso, ter uma palavra bastante importante a dizer na luta pelos lugares cimeiros... E o Feirense, actual 15º classificado que vai jogar ainda também contra o Sporting e Braga - já na próxima jornada! Vão-me dizer que os clubes vão lutar da mesma forma ao saberem que já não descem? É óbvio que não, tudo será muito mais descontraído...

Sobre isto e tentando justificar o injustificável, diz-nos o actual presidente da liga de futebol profissional - mas que marreta! - dizer-nos que, relativamente a este mesmo ponto que referi anteriormente, "... é óbvio que ninguém quer ficar em último (mesmo que não desça!). O actual 10º classificado também já não está a lutar nem por um lugar na UEFA nem pela manutenção e ninguém diz que vão jogar com menos vontade...". Ora caro senhor presidente! Se ao menos o senhor estivesse minimamente atento, saberia que o actual 10º classificado da liga é o Gil Vicente com 23 pontos, apenas mais 6 (!!!) pontos que a linha de àgua e 8 para o último. Ora, se 6 pontos é uma distância segura para a manutenção em 8 jornadas... É a pessoas como esta que o nosso futebol está entregue...

Segue-se uma novela que se antecipa ser longa, dura, e que nada ajuda a quem gosta de futebol...

Deixo-vos com uma pergunta: Em quê é que o futebol nacional iria beneficiar com a introdução de mais duas equipas na principal liga portuguesa? Mais duas equipas com pouca representação ao nível de adeptos que poucos adeptos iriam trazer aos estádios! Mais duas equipas com quem dividir as (poucas) receitas da primeira liga (e da segunda, já que também será alargada a 18 clubes!) e mais 4 (!!) jogos por época para as equipas nacionais com as respectivas deslocações e custos associados! Sou só eu... ou não é claro que sejam os clubes a beneficiar com isto?!

9 de março de 2012

(Quase) Um mês depois…

O Benfica, voltou finalmente a ganhar. E que vitória! Não porque tenha sido uma grande goleada ou exibição, mas porque representa a presença nos 8 magníficos da maior competição de clubes do mundo. A este nível, dois golos marcados e zero sofridos é sempre de assinalar. Este Zenit, não é nenhum colosso, mas também não são toscos nenhuns. Com esta vitória, o Benfica é esta época a 3ª equipa da UEFA com mais pontos, apenas atrás de Real e Barcelona.

Destaques do jogo:

Maxi: talhado para os jogos europeus onde, com boas exibições e um enorme pulmão consegue segurança defensiva e dinâmica atacante, ao ponto de marcar golos (6 para um defesa direito não está mau, em 5 épocas em que uma delas, o Benfica de Quique foi zero). Merecido este, redimindo-se do falhanço na Rússia que permitiu o 3-2.

Bruno César: outro que tem feito uma excelente campanha na Champions no seu ano de estreia, é bom lembrá-lo. Para quem foi alvo de chacota por dormir demasiado antes dos treinos, está a dar uma excelente resposta. Esteve nos dois golos e dinamizou a equipa. Se melhorar algumas perdas fáceis de bola, pode ser ainda mais influente e decisivo.

Witsel: pela excelente iniciativa no 1º golo: iniciou a jogada, tabelou e assistiu de calcanhar. É um box-to-box poderoso que poderá ainda mais, ser o equilíbrio da equipa. Um pouco como foi o Ramires, mas com mais técnica e menos velocidade. É o jogador que pode, como tenho defendido, esconder a bola quando assim é preciso. Com mais objectividade será ainda mais preponderante.

Nélson Oliveira: desde o mundial de sub-20 que digo que este vai ser grande (aquele golo ao Brasil na final…). Estreia de sonho com um golo e carimbo para os quartos, na competição onde apenas jogava na PS3. Pena ter poucas oportunidades neste Benfica. Pode vir a ter mais, em jogos em que a equipa precise de jogar fechada atrás, com um avançado rápido e possante na frente, características que Cardozo (+possante, -rápido) e Rodrigo (-possante, +rápido) não conjugam como o Nélson.

Jardel: o eterno suplente que pode ser titular e manter a segurança defensiva. A última vez que foi chamado nas mesmas circunstâncias (sem utilização anterior a titular) foi contra o Sporting e também não vacilou. Contra o Zenit ainda ofereceu acutilância nas bolas paradas, onde podia ter marcado por duas vezes. Não sendo exuberante, acaba por ser um suplente de luxo.

Uma última palavra para a 2ª liga europeia, criticam o City por ter dito que não conhece o Sporting, mas… quem conhece? Excelente vitória, dentro daquilo que o Sporting (ao contrário de outros) já nos habituou com as equipas inglesas. Apesar de continuar difícil, pois em Manchester eles vão ter uma atitude diferente, tudo é possível, não sofrer cedo e marcar primeiro, poderá significar a passagem. Estes jogos até acabam por ser mais fáceis pois a motivação está no máximo e a pressão do outro lado.

7 de março de 2012

Uma década a voar … baixinho!

Agora que já passou algum tempo sobre o clássico, impõe-se uma análise “fria e imparcial”.
Devo dizer que foi um bom jogo. Estiveram presentes os ingredientes mais apetecíveis, golos, reviravoltas no resultado e claro o tempero refinado por alguns lances polémicos.
A minha teoria acabou por se verificar: A equipa que arriscasse logo no início iria ganhar a partida! O Porto surpreendeu com uma entrada com garra e sem medo, o Benfica só conseguiu agarrar o jogo a meio da primeira parte e nesse momento já o Incrível tinha feito das suas: uma bola no fundo das redes e o pobre do Emerson com os olhos trocados.
A pressão alta do Porto e o triângulo do meio campo com o Fernando, Moutinho e Lucho (o tal que não acrescentou nada para o Porto) foram o segredo da vitória em particular para abrir o marcador. O primeiro golo foi um passe do Fernando para o Hulk, na sequência de uma perda de bola do Benfica. (*)
Os encarnados lá empataram ao fechar da primeira parte e até deram a volta ao marcador logo no arranque da segunda parte. Nesta fase do jogo o Benfica poderia ter “matado” as intenções de vitória do Porto, mas, não conseguiu segurar o jogo. Já que os da casa não queriam aproveitar, lá tivemos nós de carregar no acelerador e colocar o puto da Colômbia (acabado de chegar da seleção) a fazer um sprint de baliza a baliza e a marcar o golaço do empate. Para não me estar a repetir podem pegar na frase com o (*) e substituir o Hulk pelo James para perceberem como foi o lance.
Finalmente o golo da vitória. Não venham com desculpas do fora de jogo, é verdade que estava fora de jogo, mas o grande problema foi a falta de pressão de toda a defesa e da saída do Artur que fez lembrar os bons velhos tempos do Roberto. Porque razão ninguém fala do malabarismo do Cardozo, com a bola, na grande área?
Bom, para terminar e porque já devem estar a perguntar:  - porque raio este post está intitulado “Uma década a voar … baixinho!”?  - Cá vai a explicação:

Para os que não acreditam com o “coração” que o Porto foi o justo vencedor, aqui fica a “razão”: Nos últimos dez anos o Benfica recebeu o Porto 12 vezes, destes confrontos o Porto ganhou 6 (50%) e empatou 2. A águia ainda voa … mas muito baixinho.
Não me venham cá com tretas, ganhámos e ganhámos bem!

4 de março de 2012

Fora-de-jogo

Que o foi, toda a gente viu. Valeu uma vitória. É mais uma a contar para a contabilização das ligas da verdade. Que alguém se dê ao trabalho de o fazer. O que também todos viram é que no excelente jogo de sexta-feira, a vitória não assenta nada mal ao Porto. Qualquer uma das equipas poderia ter ganho, mas acabou por vir ao de cima todo o traquejo deste insuportavelmente, irritante e inconveniente (não sei se existe uma só palavra para definir isto, talvez seja a que se segue) Porto. Fora-de-jogo foi também o título do jornal “A Bola” que apesar de conotado com o Benfica, não foi para reclamar do erro do árbitro. Congratulou o adversário, colocou o Benfica fora da rota do título e começou a definir a rota do Jesus fora da Luz.

O Azar também não explica tudo. E muitas vezes repetido, começa a roçar a incapacidade. O Benfica joga em grande rotação ofensiva, até virou o resultado, mas isso não basta. Ou não bastou. É preciso saber estar por baixo no jogo, esconder a bola e conter o adversário sempre que necessário. Depois de uma reviravolta não se pode perder de uma forma tão, aparentemente fácil.

Entrou o James com meia hora para jogar e do lado Benfica nada mudou. Também não será menos verdade que uma equipa que mantém a identidade e não a muda em função do adversário, demonstra grande confiança e força. No entanto, é preciso respeitar e reconhecer as ameaças. Como foi possível ele fazer 60 metros sem levar uma trancada? Segue a bola. Era preciso guardá-la, se não se consegue ganhar, não se pode perder. Já o dizia a velha raposa. O cordeiro Jesus demonstra grande dificuldade na matreirice. A jogar em contenção, só me lembro de o ter feito uma vez com sucesso, nos 0-2 no Dragão para a Taça.

Expulsão, o Porto acreditou que podia vencer e fez por isso, não se contentou com o renascimento depois de ter morrido no jogo. Morto mas não enterrado, e o Benfica até o podia ter feito.

Livre para a área com 5 minutos para jogar. O Vitor jogou tudo e entrou mais uma torre, o Kléber para a molhada. E do Benfica nada. Onde estava o Matic? Não houve tempo para a substituição, como na Rússia para segurar o 2-2. O Vitor inventou tempo e ganhou.

O Pinto da Costa apresentou-se no final sereno e nada irónico, ao contrário do que é habitual. Não pisou, saiu por cima e com a terceira seguida na Luz. Salutar, a atitude e não a vitória, como é óbvio.

Ao Benfica, e principalmente ao Jesus, resta encher o balão na terça com o Zenit e mantê-lo cheio até receber o Braga. Caso contrário, inverter a situação começa a ser um milagre. Acredito que é possível, pois a qualidade reconhecida continua lá, a minha apreensão só existe pelo facto de, no passado, já termos demonstrado (muita) lentidão para virar o texto.

Por último, as maldições. A do Javi, só se foi mesmo ele ter jogado, péssimo regresso. Restam três. Estou a escrever com a convicção que terça-feira cai a do blog (só assim podia ser). A minha aposta forte continua a ser a da quaresma. Espero que também seja quebrada, pois não acredito em bruxos.

PS: Sporting campeão?! O de Braga, talvez.

28 de fevereiro de 2012

Das duas, três:

1.       A maldição do Javi: ele não joga e o Benfica não ganha. Conclusão demasiado precipitada, mas poderá não ser uma mentira completa. O espanhol está mais rotinado do que qualquer outro na sua posição. Equilibra a equipa e para além disso mete os adversários em sentido. Impõe respeito, vá.

2.       A maldição da mulher do Alto Minho: o bruxo de Fafe assegura que o Benfica está a ser travado por rituais satânicos. Tendo em conta o futebol do outro mundo que o Benfica vinha a praticar, nesta eu começo a acreditar… mesmo! Só com o sobrenatural se podem combater coisas do outro mundo. Com isso e com ajudas divinas, não é Sr. Hugo?

3.       A maldição do blog: tanto que eu gostaria de aqui comentar uma vitória do glorioso! Mas não. Desde que aqui coloquei a primeira palavra que as vitórias se foram. Neste momento é quase garantido que não vamos vencer na sexta-feira (vou tentar conter-me nas palavras a ver se não estrago tudo). E por acaso até acho que vai dar empate, mas tudo bem desde que seja 0-0 ou 1-1, pois isto no final pode ter que descer ao segundo ou terceiro critério de desempate.

4.       A maldição da quaresma: com Jesus tem sido assim. O período da quaresma é tramado! Começam a faltar as forças e soluções alternativas. Os adversários conhecem-nos melhor e fazem de cada jogo, uma questão de vida ou morte. É um mistério que ainda está por resolver, este da quaresma, que se vai repetindo época após época. Receio que o Jesus comece a ficar sem tempo para o resolver. Sou seu apóstolo, pois acho que tem a fórmula ideal para o futebol negócio: potenciação de jogadores, espetáculo, estádios cheios e um título de vez em quando. Convém é que comece a ser algo mais do que a Taça da Liga. Ou então lá vem a cruz.

Uma última palavra para o golo do Ronaldo. Eu até prefiro o Di Maria e o Coentrão,  mas aquele golo é fenomenal! Um verdadeiro abre-latas para embalagens (jogos) difíceis. Vai faltando um destes (Di Maria ou Coentrão, claro) para os jogos do Benfica.

27 de fevereiro de 2012

And the Oscar goes to …

Best Motion Picture of the Year
Ora se em Hollywood foi “O Artista”, um filme mudo, francês e a preto e branco, foi o vencedor. Cá no nosso burgo não poderia deixar de ser o meu FCP o grande vencedor. O nosso treinador “estava acabado na primeira volta”, até neste excelente fórum podemos ler “Um dos bastiões do Porto, a defesa, é nesta época um foco de instabilidade” dito assim até parece verdade, mas, se virmos em detalhe, verificamos que o Porto tem a defesa menos batida, com apenas 13 golos!
Andamos caladinhos mas estamos á frente! Não posso dizer que “estamos a jogar bem”, infelizmente ainda não, mas o que me dá esperança é que com estes jogadores quando estivermos a jogar bem e com uma verdadeira equipa vai ser muito complicado vencer-nos.
Foi consensual, no outro lado do oceano, que o grande perdedor foi  “A Invenção de Hugo”, até ganhou o mesmo número de estátuas, mas não foram as mais apetecíveis! Claro que por cá temos o SLB, no início era o favorito a tudo, neste momento (ressalvo neste momento, sexta-feira a conversa pode ser outra) a perspectivas não são as melhores e o pânico começa a instalar-se na Luz!
Best Animated Feature Film of the Year
Caso não saibam quem ganhou foi o filme “Rango”. Resumidamente é a história de um ”lagarto” (para os mais rigorosos é um camaleão) que com base num “boato” é declarado Xerife da cidade. Pois por cá temos o SCP e o camaleão não poderia deixar de ser a figura do Domingos, ia ser o Xerife de Alvalade e salvar o clube do buraco. Mas, foi com base num boato “pretensos contactos com o Porto” que foi despedido (felizmente para os adversários pois acho que foi má opção por parte do Sporting), vamos ver como termina este filme.
Best Foreign Language Film of the Year
Nesta categoria ganhou o filme “Uma separação”, para os mais distraídos um filme do Irão (os americanos estão passados de todo!!) . Aqui no nosso contexto o vencedor é claramente o Braga e o seu timoneiro que fala (quase) estrangeiro. Tem feito uma excelente época, está a “morder os calcanhares” ao primeiro lugar. Ainda esta noite goleou o Guimarães por 4-0 e com isto tem o atual melhor marcador do campeonato.

Não posso terminar sem um prognóstico para a próxima sexta. Temos o clássico que possivelmente irá decidir o vencedor do campeonato, apenas digo que estou moderadamente apreensivo J

26 de fevereiro de 2012

E o povo pá?

Acabadinho de ver terminar mais um jogo do campeonato nacional (visto em modo Zapping já que está a dar o Atlético de Madrid contra o Barça) em mais uma excelente exibição da já muito elogiada arbitragem nacional, lembrei-me logo desta entrevista muito boa ao Marinho Neves que li esta semana:  http://cabelodoaimar.blogspot.com/2012/02/entrevista-marinho-neves.html. O que dizer? É pá, leiam! Leiam porque assim o povo não gosta, pá! Ou será que gosta? A 10 jornadas do fim, os dois primeiros empatados e a jogarem na próxima semana...

23 de fevereiro de 2012

Porto chamuscado, Sporting apurado, Braga eliminado e Benfica adiado

Termina mais uma jornada europeia. Ao contrário da época passada, só ainda estamos em Fevereiro e apenas uma equipa certa para a próxima ronda: o Sporting.
Na quarta-feira de cinzas, o Dragão queimou-se mais uma vez em Inglaterra. Impressionante o registo do Porto nestas visitas, desta feita pela negativa, algo pouco habitual: 17 jogos, 0 vitórias e apenas 2 ou 3 empates! Em Manchester mais um resultado dentro da média… Num jogo já de si difícil, incompreensível a forma como (não) entra no jogo. Saem os azuis e no quarto ou quinto passe, o Otamendi coloca a bola no adversário, que de imediato faz uma grande abertura a isolar Aguero. O defesa portista, como se já não bastasse o mau passe, não recupera a posição, não fecha no centro, não intercepta o passe e não vai atrás do compatriota. O Rolando também lá não estava para a dobra (como não tem estado noutras ocasiões). Por último, o Hélton sai e deixa meia baliza escancarada. Um dos bastiões do Porto, a defesa, é nesta época um foco de instabilidade. Resta esperar que não se recomponham pelo menos até 2 de Março.
 O Sporting lá se safou, com algum sofrimento até ao 1-0. Ainda com 0-0 na segunda parte fiquei na dúvida se era uma onda de lesões ou ordens do Sá Pinto para quebrar o jogo e queimar tempo. Certo é que o árbitro deu 5 minutos de desconto, pouco habituais na Europa. Vistas bem as coisas este leão ainda tem muito por que lutar até final da época: 3º lugar na liga (e consequente pré-eliminatória da Champions), acesso aos quartos de final da Liga Europa, após duplo duelo com o carrasco do dragão, o City. Estou curioso por este embate, acho que o Sporting tem hipóteses, mas tem que fazer o seu papel, isto é, de equipa pequena, muito coeso defensivamente e explorar o contra-ataque. Por último a final da Taça de Portugal. Nova alma leonina.
O Braga parece que até fez um bom jogo, venceu na Turquia, bom resultado, mas escasso e consequente eliminação. Todas as atenções viradas agora para o campeonato, onde ainda terá, com certeza, uma palavra a dizer.
Resta esperar que o Benfica faça um grande jogo com os russos do Zenit, para assim marcar presença nos oito magníficos europeus. Espera-se uma grande noite europeia na Luz. Mas até lá, há campeonato. Não acredito que nada se altere até ao clássico. Aí sim, uma semana de decisões.

21 de fevereiro de 2012

Isto é uma cabala!

Não vou falar do jogo de ontem, primeiro porque não vi e segundo porque não me apetece! E não me apetece porque isto é uma cabala!
E não me estou a referir ao famigerado Sistema do futebol português controlado pelo Pintinho. Refiro-me aos outros Srs. autores deste blog! Fui apanhado numa tramóia, ah pois é. E começo por ti, Sr. David: “ah e tal vou criar um blog com um nome esquisito, embora lá escrever umas cenas do futebol e do teu Benfica”.
E eu: “pode ser”.
Uns posts depois: “isto tem que ganhar polémica, é o que vende, temos que andar à batatada”, diz o Sr. David.
E eu: “tudo bem, mas vê lá se pintas aquilo menos de verde”.
E ele, coloca lá os símbolos dos clubes só para disfarçar.
Então lá vou eu escrever mais um post cheio de bazófia e confiança, ainda antes do acontecimento, mesmo a pôr-me a jeito.
E tu, que assinas só com três letrinhas, também estavas combinado. Sim tu, Sr. PJA, não me enganas: “estou a preparar o meu primeiro post e não sei quê”. Até que… Pimba! Na altura certa lá aparece o “meu primeiro post” (que afinal não era primeiro, e ainda fala ele da matemática do JJ). Estavas a dar-me tempo, à espera do deslize.
E precisamente na semana em que começo a dar largas as palavras sobre o meu Benfica, toma lá, a segunda derrota em 36 jogos oficiais, o primeiro jogo da época sem golos… e uma liderança isolada no campeonato!
Gosto de futebol e de discutir todos os aspectos do jogo, o mais objectivamente possível. Não gosto de embandeirar em arco, nem de fazer prognósticos muito optimistas, talvez como defesa. Por isso, a partir de agora vou ser genuíno a minha maneira de ser e aguardar por melhores dias, futebolisticamente falando. Assim, o que vale, é que amanhã já temos o Porto em Manchester…

Agora vou mas é ver o Walking Dead.

Matrafonas, Palhaços e Cabeçudos, está montado o Carnaval!

Fim-de-semana de carnaval um pouco por todo o país e o futebol não escapou ao espírito carnavalesco! Depois de uma jornada europeia terrível para as equipas nacionais, com algumas viagens longas e frias e com resultados nada agradáveis, estava lançado o mote para um fim-de-semana cheio de emoções fortes no nosso campeonato.

O meu Sporting arrancou uma vitória a ferros frente ao autocarro do Paços. Um só tiro da quase seca pistola de fulminantes! Mas não era frente um autocarro qualquer, era um autocarro de dois andares! Como se não bastasse, era um autocarro durinho que ia atropelando tudo e todos, sem que o senhor polícia o mandasse parar ou sequer autuasse. O autocarro defende-se, diz que ele próprio é um autocarro normalíssimo, e que o adversário é que é demasiado macio, umas matrafonas!

Antes disto já o Porto, sem entrar em grandes carnavais, despachara em Setúbal o Vitória local. Mais uma vitória e mais um golo do Janko (3 golos nos 3 primeiros jogos do campeonato) que também não estava para palhaçadas. Já o Helton tentou animar um pouco o jogo com mais uma das suas (já habituais) palhaçadas.

Mas carnaval que é carnaval não está completo sem os tradicionais cabeçudos. E com grande cabeça deverá ter ficado JJ depois de um jogo não muito conseguido da sua equipa (houve Benfica após a saída do Gaitan?) e numa semana em que toda a imprensa não se cansou de enaltecer os feitos do Benfica dado que era a única equipa que marcara em todos os jogos no campeonato e ainda não tinha perdido.

De referir ainda que Braga e Marítimo continuam a dar um ar da sua graça e venceram também os respectivos jogos, animando ainda mais o que resta do nosso campeonato. Neste momento quando faltam 11 jornadas para o final, temos uma diferença de 13 pontos do primeiro para o quinto classificado, sendo que o Porto está somente a dois pontos e o Braga, terceiro classificado, está a 5 pontos! Vamos certamente ter campeonato até ao fim!

20 de fevereiro de 2012

Rescaldo da semana europeia para os portugueses

Agora sim “o meu primeiro post”.  Não podemos dizer que tenha corrido bem, das diversas equipas em prova apenas retornou um (mísero) ponto.
Tudo começou em Braga! Quem não acompanhar estes meandros do futebol de perto até que pode ter percebido o resultado mal, passo a explicar: o relato era qualquer coisa deste género “ Manuel Fernandes faz um passe de 60 m que cai rigorosamente na chuteira do Quaresma, este faz uma revianga das dele e de trivela faz uma assistência para o Simão que só tem de encostar para a baliza” e, quando tudo parece correr bem eis que no rádio diz “e é o 2-0 para o Besiktas”. O quê, não foi golo da equipa portuguesa?
Pois é meus caros, este é o estado das nossas equipas, eu não sou a favor de “em Portugal só portugueses”, mas quando temos equipas que jogam sem um único português já é demais! Olhando apenas para as equipas que jogaram esta semana a representar as cores de Portugal na europa eis o que temos:
Braga – Jogaram 6 portugueses, não posso deixar de referir que no Besiktas jogaram 4;
Benfica – ZERO jogadores (entrar o Miguel Vítor aos 90 não conta J ), do lado estepes russas (para os distraídos do Zenit) jogou 1 português ( o grande Bruno Alves) e só não foram 2 porque o Dani está lesionado;
Porto Jogaram 3 portugueses, do lado dos ingleses nada;
Sporting– Jogaram 5, no Legia não jogou nenhum.
Bem chega de “coisas estranhas” no nosso futebol, vamos esperar por mais uma ronda esta semana e depois voltamos a falar!
Saudações portistas!

Margem de erro?!

Este não era para ser o meu primeiro post, mas o mister JJ não me deu hipótese!
Estava eu descansado a ver o Dia Seguinte quando, avançam para a conferência de imprensa do jogo em Guimarães e o mister lança esta bomba:
Reporter: Depois deste resultado o Benfica tem menos margem de manobra?
JJ: Margem de erro? Tem é de fazer a pergunta ao contrário, o Benfica ainda está à frente, temos dois pontos de vantagem, os outros é que tem margem de erro!
Com este domínio da matemática, pergunto-me , como será que o JJ consegue que entrem 11 em campo!

19 de fevereiro de 2012

Não há Carnaval!

Isso já se sabia, mas eu sou do tempo em que havia.
E havia Taça no Carnaval.
Havia Carnaval em Torres Vedras e o Torreense brincava ao eliminar o FCP da Taça nas Antas.
Hoje em dia há campeonato e não há Carnaval a sério em lado nenhum!
Em Setúbal só se brincou ao carnaval durante 4 minutos. Entre o 1-2 e os 1-3. Nos restantes, parece que houve um Janko mascarado de Jardel.
Em Alvalade o Carnaval foi um autogolo e uma vitória, sem folia ao intervalo. Depois foi Wolfswinkel, mascarado de Cardozo para falhar um penalty.
Em Guimarães, ouvi dizer, também não há grande tradição carnavalesca. O Xistra que não se arme em folião! Aguardo por um Glorioso sem brincadeiras!

17 de fevereiro de 2012

"Às vezes as coisas têm destas coisas..."

"É uma honra e um orgulho ser treinador do meu clube. É uma emoção enorme. O jogo tem grande intensidade e mexe connosco. Para quem gosta do treino e do jogo, é um sonho poder treinar o seu clube." Sá Pinto após o jogo com o Légia. Discurso emotivo, intenso e sincero! Há muito que não se via isto pelas nossas bandas e o mais próximo de um discurso à JotaJota que alguma vez tivemos. Cativa, toca ao nosso sentimento sportinguista e entusiasma. Se o que se vai passar dentro das 4 linhas seguirá o mesmo caminho só o tempo o dirá.

. (1 pontinho)

E pouco mais haverá a dizer desta miserável jornada europeia.
Aguarda-se (im)pacientemente pela segunda mão.
O Braga suicída, terá que fazer um jogo frenético na terra dos fanáticos. Obrigadinho ó Simão, Carvalhal e companhia… infiéis!
O Benfica ou marca na primeira parte ou já era. Como será recebido o Bruno Alves na Luz? O seu pai (biológico, não o adoptivo) já o anda a defender. Como se ele precisasse.
Ao Sporting resta começar por despachar os móveis de Paços de Ferreira, para depois aviar os armários de Varsóvia. Será que é desta que o Sá Pinto vai à marmita a alguém (http://da-lhe-sa-pinto.pt.to/)?
O Porto precisará de uma grande noite (do) incrível (por mim tudo bem desde que encostem em Setúbal). Quanto mais não fosse para pôr aquele Balotelli aspirante a vilão super-herói, no seu devido lugar. Marca um golo com as costas do Álvaro Pereira e ainda fica com aquela cara de parvo. Que grande besta! Irrita não irrita?

16 de fevereiro de 2012

Bom resultado? Não para nós...

Terminou à pouco o jogo do Sporting na Liga Europa frente ao Légia na Polónia com um empate a duas bolas! Infelizmente não tive oportunidade de ver quase nada do jogo mas pelo que ia ouvindo no relato foi um jogo bastante sofrido (ou terá sido sofrível) do Sporting.

Poderá dizer-se que o tempo e o relvado não ajudaram (qual relvado?!), que o árbitro não "ajudou" e que acabámos de trocar de treinador. Tudo condicionantes para o jogo. De facto foram, mas nada explica que contra uma equipa muitos furos abaixo da nossa tecnicamente que faz uso do jogo físico para derrotar os adversários o Sporting tenha tido menos capacidade de reter a bola e trocá-la que o nosso adversário. Há de facto muito a mudar nesta equipa...

Espero que a segunda mão seja bastante melhor e temos todas as possibilidades de seguir em frente na eliminatória e é isso que de facto interessa...

Entretanto, o jogo que decidirá o adversário de Sporting ou Légia já vai quase no intervalo ainda sem nenhum olho negro quer no Hulk quer no Marco enfant terrible Balotelli. Esperemos que a segunda parte traga mais motivos de interesse porque o público que se deslocou hoje ao dragão espera mais destes dois lutadores...

Dor de garganta

Foi o diagnóstico que saiu do pelado gelado de São Petersburgo.
Difícil de engolir depois daquele 2-2 a 4 minutos do fim. Goste-se ou não, ele tem faro e está lá para empurrar. Cardozo só não marcou ao Trabzonspor nesta caminhada na Champions.
Arranha mais ainda a ausência do Aimar na segunda mão e do Rodrigo para os próximos jogos, inclusive com o Porto para o campeonato.
Pode ser que seja uma porta para o Nelson Oliveira, mas duvido, mais depressa joga o Saviola. Seja como for, já mostramos que temos várias alternativas sem comprometer o rendimento da equipa. Na Luz com os russos, será preciso, mais do que nunca, fazer o que o Benfica tem feito até aqui: marcar golos em todos os jogos oficiais (se bem que não gosto nada destas estatísticas… normalmente saem furadas).

15 de fevereiro de 2012

Antevisão Liga Europa

O Sporting joga amanhã o primeiro jogo da era Sá Pinto num jogo da Liga Europa (fica desde já prometido um balanço dos jogos do campeonato antes do jogo de Domingo com o Paços) que é bastante importante principalmente para a moral da equipa. É verdade que nem todos têm a sorte de poder jogar à quarta-feira (ou à terça) mas para o Sporting e os seus jogadores, esta eliminatória da Liga Europa deve ser vista como uma oportunidade para demonstrar que a equipa tem de facto matéria-prima para fazer mais do que o que tem vindo a demonstrar.

O adversário, Légia de Varsóvia (ex-clube do também ex-benfiquista Manú), vai fazer o seu primeiro jogo em 2 meses (não joga desde 15 de Dezembro) sendo que o último jogo foi precisamente para esta competição e o resultado foi uma derrota em Israel – nem todos têm dinheiro para estágios de 2 meses no Dubai enquanto os campeonatos param. Esperemos que o tempo e o relvado ajudem, que o Sporting pratique bom futebol e que consiga trazer desde já uma vitória desta primeira mão, vitória essa que possa facilitar o jogo da segunda mão em Alvalade.

Ansioso também para saber que o Sá Pinto vai desde já efectuar algumas alterações no 11 da equipa embora me pareça que não deverá andar muito longe do 11 habitual do Sporting. Assim, aposto em Patrício, Pereira, Ínsua, Ogushi e Polga, Rinaudo, Schaars e Matias, Wolfswinkel, Carrilo e Izmailov. Prognóstico: vitória do Sporting por duas bolas a zero.

14 de fevereiro de 2012

Quartas, sábados e Domingos

No sábado houve Domingos. No próximo domingo já não. Na quarta-feira passada houve Taça na Madeira e quando muitos desconfiavam, o Sporting com Domingos reservou presença em mais uma prestigiante final no Jamor. No sábado anterior houve Taça da Liga, com Domingos, sem Sporting e com um grande Gil Vicente que ocupa um surpreendente e honroso sétimo lugar da Liga. Neste sábado, outra vez na Madeira, ainda com Domingos, voltou a não haver Sporting. Houve Marítimo, que há quase dois meses foi eliminado da Taça de Portugal, precisamente pelo Sporting em Alvalade. Marítimo esse que vendeu muito cara a derrota frente ao Benfica no campeonato, perdendo já nos minutos finais. Para a Taça, é bom lembrar, infligiu a única derrota oficial dos encarnados nesta época colocando-os fora da competição. Algo que o Jesus nunca conseguiu evitar. Equipa difícil portanto. 
O Jesus tem tido semanas impecáveis, trabalha e descansa ao sétimo dia. O Villas-Boas cancelou o descanso e arrisca-se que o russo o mande vir para Portugal descansar. Para o Sporting? Muito dificilmente (a não ser que o Sá Pinto seja a próxima vítima). A oportunidade perdeu-se, para o Porto, para não variar. Mas esbanjar nova oportunidade, mesmo depois de a concretizar, desta vez com o Domingos, não lembra a ninguém. Só mesmo ao Sporting.
Na minha opinião, Domingos está no top dos treinadores portugueses. Penso ser inquestionável o seu valor. Ou o que fez no Braga e Académica, não foi com mérito? Bom, não é menos verdade que o Braga perdeu Jesus e continuou a ganhar, perdeu o Domingos e vai ganhado (agora com um Jardim da Madeira). Possivelmente o Braga até lá tem grandes jogadores, mas poucos lhes dão o real valor. O Sporting até deu, mesmo antes de ter o Domingos roubou-lhe os laterais titulares Evaldo e João Pereira, e apenas aproveitou um deles. Depois já com Domingos, veio mais o Rodriguez e o Luis Aguiar, o primeiro pouco jogou e o segundo nada. A verdade é que Domingos discutiu no Braga um campeonato até ao fim contra o Benfica, chegou à final da Liga Europa, eliminando também o Benfica e colocou o Sporting a jogar o melhor futebol dos últimos anos. Conseguiu uma final e a hipótese de disputar o primeiro grande título da carreira de treinador… do Sá Pinto. Antes disso, obteve uma grande série de vitórias, ao ponto de levar os seus adeptos e dirigentes a acreditar no título. Nada de mais errado, não pelos adeptos, mas pelos dirigentes. Elevaram as expectativas, demasiado, sempre o disse, principalmente quando o Sporting não tinha ainda sequer jogado com os principais adversários: Benfica, Porto e Braga. Não venceu nenhum deles e fez apenas 1 ponto. Nada de muito anormal, pois não se constrói uma equipa em meia dúzia de meses, principalmente com 17 jogadores novos. Abriram-lhe a porta de saída logo aí. Talvez por isso, ultimamente se notasse qualquer coisa (muita até) nas palavras de Domingos. Mais uma vez, e já vão para dez anos sem campeonato, o Sporting queima novo treinador e este prometia, mas… não há tempo. Que idiotice, que desperdício!
Vai para o Porto. Toda a gente o diz. O Pinto da Costa não brinca mesmo! Eu não me importava que ele viesse para o Benfica. O Domingos é óbvio. Isto claro, depois do JJ sair por milhões no final da época com mais um título de campeão e com a Champions. Por falar nisso, nesta quarta-feira há jogo no gelo de São Petersburgo. Desumano jogar com quinze graus negativos. Não faço a mínima ideia do que é correr e jogar com essa temperatura. Ontem à noite joguei com nove positivos e já custa. Por falar nisso e não é para me gabar mas marquei um golo à Maxi. Pelo menos foi o que a “imprensa” disse: recuperei a bola na defesa (por acaso fui dobrar na esquerda e não na direita como o Maxi), depois em progressão, pressionado e em desequilíbrio tentei colocar no Antunes um pouco mais à frente, mas a bola acabou por seguir para o meio campo adversário junto à linha lateral, quase a sair. Fui atrás em corrida, mesmo com o adversário a chegar primeiro, protegeu, eu pressionei, tentei ganhar por fora e já no enfiamento da grande área, ele atrasou para o guarda-redes. Mais um sprint para o pressionar, que apertado me tenta fintar. Ganhei o ressalto com a bola a fugir paralela com a linha de baliza, a um metro desta e a caminho do poste mais distante (o direito), último sprint curto, quase sem fôlego, um último toque com o pé direito que pode deitar tudo a perder e... Já está! Um slalom de 50 metros sem bola, até porque às vezes a bola atrapalha (vejam o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=KpOF8kAWYMY&feature=youtube_gdata_player). Cansativo só de “ver” (e descrever). Mas se até eu consigo, com as devidas diferenças de escala, o Benfica também só tem que conseguir. Carrega Benfica!
Já agora, sinceros votos de boa sorte para a estreia do Sá Pinto na próxima quinta-feira. Jogar à quarta-feira, não está fácil e não é para todos, mas não é impossível… se ele o conseguir para próxima época já é um novo Mourinho. Mais um.

Timings

Existem bons e maus timings. 

Eventualmente serei acusado por grande parte dos sportinguistas de só começar a falar num momento menos mau do Sporting e não quando o Sporting teve, ainda há bem pouco tempo, uma série de 7 jogos sem perder na liga. Certamente um melhor timing do que fazê-lo hoje.

Sá Pinto pega na equipa do Sporting a dizer que entrou num timing difícil. Difícil não é o timing… Difícil é treinar o Sporting. O timing nunca é o melhor para entrar e liderar um plantel escolhido por outro treinador nem é o melhor para despedir um treinador. Despede-se quando os resultados não vão de encontro às pretensões de um clube.

Existe ainda muito a ganhar e muito que se pode perder esta época: Uma taça de Portugal para vencer, um (pelo menos) terceiro lugar para garantir um acesso à eliminatória da Champions e levar bem alto o nome do clube na Liga Europa, este ano mais competitiva do que nunca! Logo, o timing para se mudar de treinador até nem é mau. Deveria ter sido dada mais uma oportunidade de mostrar algo mais no jogo da Polónia? Depende do que está por detrás da demissão do treinador, se apenas os resultados desportivos ou algo mais. Deveria ter sido após o jogo com o Gil Vicente? Poderia ter colocado em causa a passagem do clube à final da Taça de Portugal dado que o jogo do Nacional era mais decisivo (segunda mão da eliminatória) do que o jogo desta quinta-feira na Polónia.

Mas o facto de Domingos não ser já treinador do Sporting deve-se inteiramente à performance desportiva? Penso que não. Domingos parece nunca se ter adaptado a um clube grande, que necessita forçosamente de um discurso diferente, mais ambicioso, que se coadune mais um com clube da dimensão do Sporting. As sucessivas tentativas de se alhear dos problemas do plantel, da equipa, dos jogadores, a instabilidade emocional que demonstrava durante os jogos e nas conferências de imprensa, tudo isso passava para o relvado e para as bancadas. O fulgor que os adeptos sentiam esmoreceu e com o clube com a corda na garganta, a necessitar urgentemente de garantir os lugares cimeiros que lhe abram portas aos milhões da UEFA, falou mais alto a necessidade de mudança. É o mundo do futebol, acontece a toda a hora por esse mundo fora, e nós, infelizmente, não somos excepção! Não podíamos, de maneira alguma continuar como estávamos.

A subida do Sá Pinto a treinador principal do Sporting é, na minha opinião, precoce e ocorre no timing errado para o seu crescimento como treinador e, para além disso, capaz de travar um crescimento que se esperava consolidado dos jogadores actualmente na equipa de juniores para a futura equipa B, pensava eu, liderada precisamente pelo Sá.

Apesar disso, acredito que o Sporting poderá almejar o sucesso ainda esta época. Com Sá Pinto chegará uma nova filosofia, futebol mais ofensivo (o problema do Sporting não estava na defesa como muitos querem vender, mas isso fica para outro post!), um novo desenho táctico que se espera vir a trazer melhor futebol e, consequentemente, vitórias. Uma vitória na taça de Portugal e chegar à próxima eliminatória da Liga Europa e lutar de igual para igual com o Porto ou com o City exige-se, assim como lutar em todos os jogos para que se tente reduzir distância para o terceiro classificado. O futuro dirá se o timing foi, ou não, bom! 

Saudações idiossincráticas

Idiossincrasia (do grego "temperamento peculiar", composto por "peculiar" e "mistura") é uma característica comportamental ou estrutural peculiar a um indivíduo ou grupo.

Existem muitas idiossincrasias no mundo do futebol, especialmente no meu Sporting. É idiossincrática a forma como se lida com o futebol profissional,
a forma como se comunica para o exterior, como se deteriora ano após ano os activos que vão estando ao dispor dos sucessivos treinadores.

Existem tantas idiossincrasias no dia a dia do clube que facilmente este blog chegaria às 100 mensagens em menos de um mês...

Será sobre essas idiossincrasias que certamente encherão grande parte dos desabafos que escreverei por aqui...

Mas o Sporting não é só idiossincrasias! O Sporting é bué cenas!

A sua história, o seu presente, o seu futuro, os seus activos, os seus passivos, os seus adeptos, os seus rivais... tudo isso cabe aqui!

Mas não só de Sporting vivemos. Neste espaço cabem também as idiossincrasias dos nossos rivais, por isso teremos também dissertações de adeptos de outros clubes!

O politicamente correcto ficou à porta! Digam de vossa justiça!

Saudações...