Na Champions uma final improvável mas que se vinha a revelar
cada vez mais previsível. Real e Barcelona são o exemplo do futebol desgaste,
consumidos por uma época exigente e sobrecarregada de jogos competitivos. O
Chelsea com veia tática italiana foi um exemplo de determinação, disciplina e
persistência. Mesmo com tanta contrariedade e a jogar no estádio da melhor
equipa do mundo, nunca desistiu. Lutou com tudo o que tinha, foi protegida pela
sorte, mas mereceu inteiramente a passagem. O Barcelona chega ao fim da linha
com futebol que acaba por ser contra-natura. Não se pode jogar com médios no
campo todo. Um defesa saberá certamente defender melhor do que qualquer médio
adaptado. Assim como um ponta-de-lança, o fará no ataque. Por último o Bayern
foi o espelho das famosas máquinas alemãs, sempre afinada e certinha, não dando
grandes veleidades a um Real cansado e sem grande magia.
Na Liga Europa, o Sporting foi gigante, mas não o suficiente
para passar no país basco. Quanto a mim devia ter revelado maior pragmatismo no
assumir do prolongamento nos 10 minutos finais. Seria um justo prémio a
presença na final, principalmente para o Sá Pinto. Estou curioso para ver o que
vai dar na próxima época. Tem alma.A nível interno, o Braga iniciou ontem o último acto, ao deixar o Sporting dependente apenas de si para o acesso à pré-eliminatória da Champions. Novo ânimo e motivação após o desalento europeu. Vamos ver o que acontece segunda-feira com a Académica, pois em caso de vitória, coloca a festa do título no Dragão em altíssimo plano de evidência.
O último acto segue dentro de momentos no Funchal e amanhã em Vila do Conde, podendo até haver logo festejos, ou o adiar da consagração para as duas jornadas que faltam.